terça-feira, abril 29, 2008
We Own The Night
James Gray iniciou a sua carreira em 1994 com Little Odessa (que nunca consegui ver, mesmo depois de ter alugado a única cópia existente no meu clube de vídeo, isto porque o meu aparelho decidiu estragar a fita magnética... a boa notícia é que a malta do clube de vídeo lá compreendeu o meu problema e não me obrigou a pagar nova cópia), regressando apenas em 2000 com o muito sólido The Yards, com o qual este We Own the Night, estreado 8 anos depois, partilha temas, actores (Joaquin Phoenix e Mark Wahlberg, sendo que no anterior havia James Caan no elenco e agora há Robert Duvall, dois actores “emprestados” de outra saga mafiosa), e acima de tudo uma herança clássica na sua execução, deixando respirar cada plano desta sua tragédia familiar.

Não foi por mero acaso que ali atrás referi O Padrinho, saga com a qual o filme de Gray partilha mais semelhanças do que a mera escolha de elenco. Refiro-o a propósito de uma certa discussão que tem vindo à tona nos últimos dias na blogosfera e que passam pelas comparações entre We Own the Night e a obra de Scorsese, quando me parece mais evidente que Gray está mais virado para Coppola – isto para comparar estes cineastas da mesma geração, uma vez que também Coppola se referiu à sua própria trilogia com uma abordagem que prestava homenagem ao cinema clássico de gangsters de Hollywood. Ou seja, ao contrário de Scorsese, sempre interessado em explorar e desconstruir limites, James Gray é bastante linear na sua narrativa e na abordagem visual. Mas acima de tudo, parece-me que o realizador nos conta esta fortíssima saga familiar com uma garra e uma segurança que valem por sí, sendo que o argumento da sua autoria é já um excelente exemplo de grande storytelling.

No fundo, temos uma situação clássica de bons contra maus, sendo que o seu protagonista se encontra precisamente entre os dois campos. Joaquin Phoenix é Bobby, o gerente de um grande clube nova iorquino controlado pela máfia russa. O seu pai (Robert Duvall) e o irmão (Mark Wahlberg) são polícias dedicados que precisam da sua ajuda para travar um dos maiores traficantes de droga da cidade. Como o seu pai lhe diz a certa altura, Bobby terá de escolher um lado pelo qual lutar, e é nessa decisão que reside a força dramática de We Own the Night. De um lado, o bem e do outro o mal, dois campos distintos bem definidos desde os primeiros minutos onde se corta de uma festa para a outra, em que percebemos as diferenças de estilo de vida: de um lado o perigo e a luxúria, e do outro a “monotonia” e a justiça. Para Bobby, a questão vai mesmo mais além, tendo por um lado a sua verdadeira família e por outro a que o acolheu na noite. Nesse aspecto, a figura da sua namorada Amada (Eva Mendes) assume também grande importância como um ponto de equilibrio entre os dois lados – partilha os excessos de Bobby e tem na tradição familiar uma muleta sólida.

Sem ser constantemente brilhante, a realização de James Gray é, essencialmente, bastante segura, sem grandes artifícios desnecessários, perfeitamente adequada à sua história mas, a espaços, atira-nos para cima com excelentes momentos cinematográficos, verdadeiramente marcantes e arrepiantes, seja pela arquitectura dos planos, seja pela costrução da tensão, seja pela gestão das camadas dramáticas. É um filme de uma firmeza impecável, onde não parece haver um minuto em excesso ou em defeito, contando a sua história da melhor forma: a simples. Depois, Gray é também excelente na direcção do seu elenco, sempre bastante competente, embora o destaque tenha de ir quase todo para Joaquin Phoenix, tão bom em modo explosivo quanto no máximo de contenção. É, desde já, uma das interpretações do ano, numa obra que não merece cair no esquecimento.

posted by Juom @ 6:44 da tarde   4 comments
sexta-feira, abril 25, 2008
Rome | Seasons 1 e 2


Não sou grande fã de séries ou filmes históricos. Dito isto, Rome conseguiu, contra as minhas expectativas, conquistar-me. Talvez por ter o carimbo da HBO (que nunca me deixou ficar mal) ou então só mesmo porque toda a viagem na qual estas duas temporadas nos leva vai crescendo de intensidade, de interesse e, diria mesmo, de qualidade.

Lucius Vorenus e Titus Pullo são os anti-heróis da série e é à volta deles, e de todos os seus percalços enquanto soldados romanos, que a história (ou antes a História) se vai desenrolando. Os dois companheiros testemunham a passagem de Julio César pelo poder, as traições de Pompeu, as excentricidades de Marco António e Cleópatra. Figuras históricas mais próximas de uma realidade familiar. O efeito telenovela da série triunfa em manter o nosso interesse aceso, sem nos apercebermos da importância histórica do que é narrado. E sugamos toda a trama como crianças a olhar para uma montra de doces.

Se a primeira temporada funciona na introdução e profundidade dos personagens, somos confrontados com as suas motivações numa escala mais restrita, vivemos as suas inquietações dentro de quartos e salas, na segunda temporada, introduções feitas, passamos à acção numa dimensão mais ambiciosa. Dão-nos finalmente batalhas em campo, palácios e conquistas por mar, em toda a sua plena magnitude. Digamos que, se a primeira temporada serve para mostrar a força da personalidade romana, a profundidade das suas acções ao nível do sujeito, a segunda mostra a colossal extensão física e histórica das suas acções.

O humor bruto da época dá-nos uma experiência diferente da condição humana mas os pilares que ainda hoje regem as nossas vidas, como a confiança, a honra e, acima de tudo, o amor, permitem que a série seja vista num paralelismo com a nossa sociedade, com os valores que hoje seguimos.

Mostro aqui a minha fidelidade para com esta série e recomendo-a a todos. Nunca a barbaridade foi tão apetecível.

posted by not_alone @ 12:35 da manhã   2 comments
terça-feira, abril 22, 2008
Grandes Momentos | Radiohead | No surprises

Fizesse eu um Top 10 de músicas e esta marcaria, sem dúvida, presença com distinção.

posted by P.R @ 6:28 da tarde   0 comments
quinta-feira, abril 17, 2008
Recado
ouve-me
que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte

vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer - vai por esse campo
de crateras extintas - vai por essa porta
de água tão vasta quanto a noite

deixa a árvore das cassiopeias cobrir-se
e as loucas aveias que o ácido enferrujou
erguerem-se na vertigem do voo - deixa
que o outono traga os pássaros e as abelhas
para pernoitarem na doçura
do teu breve coração - ouve-me

que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna - o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite

não esqueças o navio carregado de lumes
de desejos em poeira - não esqueças o ouro
o marfim - os sessenta comprimidos letais
ao pequeno almoço



Al Berto
posted by P.R @ 4:26 da tarde   1 comments
segunda-feira, abril 14, 2008
Grandes Momentos | Brief Encounter

David Lean ficou imortalizado por obras monumentais, como Lawrence da Arábia ou Doutor Jivago. No entanto, um dos seus mais belos filmes, aquele que é provavelmente um dos mais belos filmes de sempre, é uma obra intimista, onde descortinamos uma beleza frágil, sombria, comovente. Falo de Brief Encounter, filme de 1945 que adapta uma peça de Noel Coward. Falo desses fugazes momentos de uma promessa não concretizada que uniram Laura (Celia Johnson) e Alec (Trevor Howard) que, como tão inesquecíveis personagens de obras futuras (como As Pontes de Madison County ou In The Mood For Love), condenaram um amor novo com a segurança do hábito.
Para quem acha que Casablanca é o mais romântico filme dos anos 40, desafio a descoberta do extraordinário Brief Encounter. E deixo por aqui um devaneio de Laura durante uma das viagens de comboio, logo após um momento de confirmação.



posted by Anónimo @ 9:07 da tarde   3 comments
domingo, abril 13, 2008
David Fonseca | Coliseu de Lisboa | 12-04-2008


Assim começou o concerto de David Fonseca no Coliseu de Lisboa e, cada vez mais perto de um teatro-concerto, ou de uma viagem-concerto, David e a sua banda subiram mais um degrau, elevaram um pouco mais a barreira. Já tudo é permitido num concerto de David Fonseca. É quase um circo. Los Mariachi, Silence 4, David Bowie, Britney Spears, Spice Girls, Rihana. Luzes que caem do céu, telefones, Bluetooth, todas as bolas de espelhos que conseguirem imaginar. Disco. Dançarinas do Fame e dançarinos do Trumps. Mais webisódios. Pinguins, cartolas e o David de pijama deitado na cama. Êxitos antigos e surpresas a desvendar o futuro.

Tudo parte de um sonho construído com o talento de quem ama a música e a forma como ela nos faz ver de forma diferente toda a realidade.
posted by not_alone @ 3:54 da tarde   1 comments
quinta-feira, abril 10, 2008
Filme do mês | Março

Ana Silva Definitely, Maybe

Infelizmente em Março tive muito pouco tempo para apreciar o cinema que estreou por cá. Por isso, o meu filme do mês é, exclusivamente, "Definitely maybe", que acabou por ser uma agradável surpresa. Quando se esperava mais uma comédia romântica (como todas as outras), este filme surge como uma lufada de ar fresco - outra história, outra forma de falar sobre as "dificeis" relações amorosas. Principalmente, outra forma de introduzir os momentos de humor e de nos emocionar. Tudo isto também pela qualidade do elenco, muito bem constituído. Acho que vale a pena ver, para levantar a moral e para nos sentirmos bem com a vida.

H. I'm not there

É sem grandes dúvidas que escolho como filme de Março I'm Not There de Todd Haynes. Haynes dá-nos um retrato múltiplo de um homem que se tem reinventado ao longo da sua vida. Toda a estrutura do filme – fragmentada ao extremo de os actores que dão vida a Dylan serem diferentes (destaco a prestação da magnífica Cate Blanchett) e de as suas personagens apresentarem nomes distintos – contribui para essa ideia de esboços entrecruzados. Estes não compõem propriamente um biopic, mas representam a concretização de visões de um artista sobre outro artista, sem qualquer preocupação de mostrar a realidade, aqui tão impossível como, diria mesmo, indesejável. Uma obra surpreendente e extasiante. Para rever várias vezes.

not_alone I'm Not There

Não podemos acusar I'm Not There de ser um filme convencional. Dentro do género biopic é das ideias mais interessantes que surgiu nos últimos anos. E só por isso já valia a pena vê-lo. Seis figuras encarnam os diferentes aspectos da figura lendária de Bob Dylan. Cada um, um caco de uma alma assombrada pela sua própria presença. Destaco Cate Blanchett, na sua personificação andrógina do cantor, comprovando mais uma vez porque é uma das mais talentosas actrizes do momento e Marcus Carl Franklin, uma estreia promissora no grande ecrã.

Paulo Nada a destacar


P.R. Nada a destacar


Duarte Nada a destacar

posted by P.R @ 5:02 da tarde   2 comments
terça-feira, abril 08, 2008
Sugestão Musical | MGMT | Oracular Spectacular


Aproveito a notícia que hoje tanto me alegrou, de que os MGMT vão estar dia 10 de Julho no Optimus Alive!, para fazer uma pequena referência ao seu álbum de estreia.

A banda de Brooklyn (cujo nome também pode ser pronunciado Management) vingou, a par dos Vampire Weekend, por juntar a pop-electrónica com sonoridades muito próprias e um punhado bem doseado de influências do seu gosto musical. É por isso complicado rotular estas novas bandas, o que funciona a seu favor, destacando-as na multidão.

Oracular Spectacular é um pop-psicadélico, de influência Bowiana, com algumas reminiscências de rock dos anos 80, acabando por se misturar tudo numa fresca experiência a antecipar o Verão. Um verão infantil e alucinado, a caminho de um planeta distante.

Deixo-vos o vídeo para o primeiro single, Time to Pretend:


posted by not_alone @ 9:35 da tarde   0 comments
Uwe Boll retira-se?

Eis uma notícia engraçada. Uwe Boll, o realizador alemão responsável por alguns dos piores filmes de sempre, está a ser alvo de uma petição para parar de realizar, produzir ou participar em filmes. Até agora já 18 000 pessoas assinaram. Quando confrontado quando este número, Boll respondeu "18,000 is not enough to convince me [a retirar-se]". Segundo o mesmo, se a petição chegar a 1 milhão de assinaturas, ele faz-lhes a vontade. Faltam portanto 982 mil assinaturas.

Como tal, quem quiser "expulsar" Boll do cinema basta carregar aqui
posted by P.R @ 5:58 da tarde   2 comments
segunda-feira, abril 07, 2008
W.

Em jeito de antevisão, gostaria de abordar aqui o novo projecto de Oliver Stone. Stone é, sem dúvida, um enorme realizador com filmes soberbos. No entanto, nos últimos anos a qualidade dos filmes que realiza tem descido consideravelmente. Basta pensar, por exemplo em Alexander.

2009 parece ser todavia o ano em que vai regressar em forma. Depois de Nixon e JFK, Stone regressa aos filmes que tem como grande protagonista um presidente dos EUA. Desta vez, o "visado" será George Bush. Não o pai, mas o filho como revela o título. W. pretende ser uma biografia acerca da vida e da presidência de Bush e promete ser polémico.

Ao nível do elenco, Josh Brolin foi a escolha, algo inesperada, pelo menos para mim, para o papel de George Bush. Brolin foi um dos actores do ano em 2007 e tem aqui a sua grande oportunidade para se afirmar. Este facto parece ter sido, aliás, a estratégia na escolha dos actores principais: conhecidos mas não consagrados. Só assim se explica a escolha de Elizabeth Banks para o papel de Laura Bush, uma actriz que há dois anos era a secretária no jornal onde trabalha Peter Parker. Para os pais de Bush, foi escolhido dois actores consagradíssimos: a enorme e fantástica Ellen Burstyn (Barbara Bush) e James Cromwell (George Bush). Hoje soube-se o nome dos actores que representarão Blair e Condoleeza Rice. Mais uma vez o critério de cima para estar implícito nas escolhas: Ioan Gruffudd (Fantastic Four) e Thandie Newton (Crash).

Até agora parece-me um elenco estranho e um pouco novo demais (tirando os pais de Bush)... E ainda falta conhecer os actores para Dick Cheney, Donald Rumsfeld and Karl Rove. Mas não tenho dúvida que podemos estar na presença de um filme que recolocará Stone onde merece. Pelo menos, têm matéria-prima para isso.
posted by P.R @ 2:12 da tarde   0 comments
quinta-feira, abril 03, 2008
Brothers & Sisters

Acabei há pouco tempo a primeira temporada de Brothers e Sisters. A série nunca me tinha chamado muito a atenção, mas ouvi falar tão bem que resolvi arriscar. Em boa hora o fiz. Trata-se uma série extraordinária que se destaca de muitas que por aí andam por uma razão: é honesta com as personagens.

Não entrando em grandes apresentações, uma vez que é para isso que servem sites como IMDB, devo dizer que se trata de uma das melhores séries que já tive oportunidade de ver. É um cocktail muito bem misturado de drama e comédia abordando temas como religião, infidelidades, amizade, companheirismo, perseverança, vingança... Tudo isto sem nunca cair no cliché de ter personagens estereotipadas. Todas elas representam algo (temos a política, o gay, a bem-sucedida com dois filhos, o filho que teve sempre por detrás do pai, o jovenzinho que vive agarrado às drogas...), é certo, mas todas têm virtudes e defeitos e, sobretudo, todas erram. Temos pessoas que riem e fazem rir, choram e fazem chorar. Tudo isto envolto em situações que podiam muito bem acontecer a cada um de nós. Não há exageros, não há floreados, não há simplismos na abordagem. Há sim um enorme gozo em contar a história inteligente de uma família inesquecível que os agarrará ao ecrãn durante estes 23 episódios. Agora, se me dão licença, vou começar a segunda temporada.

p.s – E como brilham Sally Field e Calista Flockhart…
posted by P.R @ 2:57 da tarde   5 comments
quarta-feira, abril 02, 2008
Grande Momento | Leone & Morricone
Não deve haver melhor grande momento de cinema que este. Fico sempre arrepiado sempre que vejo esta cena. Talvez o melhor "duelo" cinematográfico de sempre. Fonda e Bronson. Leone e Morricone. Fiquem com "The Man with the Harmonica".

posted by The Stranger @ 11:58 da manhã   0 comments
terça-feira, abril 01, 2008
Portishead | Coliseu de Lisboa | 27-03-08

A voz de Beth Gibbons tem uma vida própria. Seja nos Portishead, a solo, ou até mesmo ao lado do nosso Rodrigo Leão, o poder vocal da cantora vai muito além daquilo que pode ser explicado por palavras. E, se dúvidas havia acerca da importância do regresso dos Portishead, foram esclarecidas no passado dia 27 no Coliseu de Lisboa.

Todos perguntavam, passados dez anos desde a última actuação da banda no nosso país, se ainda fazia sentido um regresso dos Portishead. Não só aos palcos mas também aos discos. O novo single parecia não deixar transparecer os novos caminhos que Beth Gibbons e companhia pretendiam seguir com "Third" e, mais do que isso, a música causa alguma estranheza nas primeiras audições. Seca, rude, com uma sonoridade a evoca r uma mistura de Daft Punk e Radiohead. E, afinal, depois de a ouvir ao vivo, é Portishead. De regresso, a quebrar todas as dúvidas.

Num balanço perfeito entre as músicas do novo álbum e os clássicos dos anos 90, os Portishead mostraram porque tiveram um impacto tão grande no panorama musical da década passada. E porque ainda são pertinentes. É mais do que simplesmente tocar (boas) músicas. É passar desse espaço, hoje em dia tão banalizado, para um patamar mais sensorial. Não foi por acaso que as músicas de Third, embora desconhecidas para quase todos os presentes no Coliseu, conseguiram ter impacto, ainda assim. Foram aceites efusivamente, numa incomum sensação de familiaridade com o que estava a ser transmitido.

Mas, se a curiosidade para ouvir o novo material era mais que muita, a verdade é que foram as canções de Dummy e do álbum homónimo, que levaram a um Coliseu esgotado semanas antes. E, sem cansar de me dizer, perfeitas. Beth Gibbons vive cada música através do seu corpo, dá-lhes voz e transpira todo o sentimento da forma mais frágil. É minimalista e bruto, este poder que os Portishead têm em palco. E fazem-no como deveria ser sempre feito - sem esforço. Dez anos depois não há vestígios de ferrugem, só talento lhes corre no corpo quando fazem música.

Os momentos altos da noite, pessoalmente, foram vários e distintos. Destaco a simplicidade de Wandering Stars, capaz de arrepiar toda uma imensidão de gente; A canção Only you foi arrasadora devido à proximidade que tenho com o tema; E, finalmente, Machine Gun, a abrir caminho para esta nova fase dos Portishead. Deixo-vos exactamente este tema, ao vivo no Coliseu de Lisboa:



posted by not_alone @ 9:16 da tarde   1 comments
 

takeabreak.mail@gmail.com
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